quarta-feira, 28 de abril de 2010

SERÁ ISTO O AMOR?

Quando estamos juntos sei melhor tudo sobre mim. Caem as máscaras usadas sempre numa maldade sem verdades para comigo própria.

A verdade é um sentimento elementar, é como caminhar sob a lua, de mansinho, como quem desliza em cima de véus brancos.

Saber dizer a verdade sobre nós e para nós, sem dissimulações, tornando o avesso em direito, sem vaidades, sem interrogações, apenas caminhando dentro de nós, é difícil, quase penoso por vezes, mas gratificante porque ficamos autênticos.

Como se chama isto? A eterna pergunta… mas que interessa se me dá paz? Se calhar é amor… será? Se calhar amor é afinal isto que se faz sem ânsias, sem cobranças, duma forma incondicional, sem olhar o amanhã apenas estando ali, vivendo aquele milagre. E depois no dia a seguir viver essa realidade que o mundo criou sem amor, com quezílias, numa disputa constante enquanto quase ninguém se dá conta que o mundo tem tudo isto para nos dar.

Nada fiz para que isto me acontecesse, apenas aconteceu, apenas estive atenta, muito atenta porque acreditava, por ser uma mulher de FÉ, e acredito que tudo é possível quando estamos de bem com o nosso interior e com Ele.

Nas minhas diárias orações sempre pedi para me ser dado a conhecer o amor (esse amor de que ninguém fala) – e com tanta fé foi pedido que aqui está.

Sem sobressaltos, serenamente vivido.

Obrigada, Senhor

3 de Julho 2008

sexta-feira, 23 de abril de 2010

FOR YOU

I'm crazy
crazy for feeling so lonely
I'm crazy
crazy for feeling so blue

I know
you'd love me as long as you wanted
then someday
leave me for somebody new

(bridge)
worry
why do I let myself worry
wondring
what in the world did I do

crazy
for thinking that my love could hold you
I'm crazy for trying
I'm crazy for crying
I'm crazy for loving you

quinta-feira, 22 de abril de 2010

... E VEJO-TE A TI



Olho o mar... Vejo as gaivotas... Vejo um sorriso.... Lembro-me de ti.... Recordo-me de nós... 
Tu o Amor... Olho o mar... Vejo as ondas... Vejo a espuma...Vejo as gaivotas...Vejo-te a ti... 
Vejo duas crianças... E recordo-me de ti...Recordo o mar, as ondas, a espuma, as gaivotas e a praia... 
E tenho-te a ti... As gaivotas gritam... Livres... As crianças riem... Livres... 
E eu...vejo-te a ti! 

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

SER FELIZ AFINAL PODE SER SIMPLES

Hoje publicarei aqui a 1ª parte duma entrevista gentilmente dada por Robert Happé, um homem sábio que estudou religiões e filosofias na Europa, dedicando-se desde então a descobrir o significado da vida.

Depois partiu para fora da Europa onde viveu junto de várias religiões, trabalhando com vários nativos ao longo de 14 anos.

Hoje participa em vários seminários e Workshops em países da Europa, Austrália, África do Sul, Estados Unidos e Brasil.

Trabalha em várias Universidades e com grupos de pessoas interessadas no seu próprio autoconhecimento e desenvolvimentos dos seus potenciais como seres criadores. O seu trabalho está absolutamente desvinculado de qualquer organização religiosa, seita, cultos e outros grupos.

Espero que seja do vosso agrado, e se assim for, publicarei em outras oportunidades as restantes partes dessa mesma entrevista.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

PALAVRAS EM POESIA


Amor é um fogo que arde sem se ver,
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
É um andar solitário entre a gente;
É um nunca contentar-se de contente;
É um cuidar que ganha em se perder.
É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?
Luís de Camões

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

A ALMA DA MÚSICA

Os corpos também dizem palavras ao som da música.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

FILMES DE SEMPRE

HABLA CON ELLA - Um filme magistral. Um filme que nos deixa com todos os sentimentos à flor da pele.

A não menos magistral voz de Caetano Veloso aqui fica para recordar um pouco dessa enorme lição de amor.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

PALAVRAS DENTRO DE MIM


Pensamentos elevados

Numa anárquica teia

Que da alma trazem estados

… Chega o sorriso

... E a lágrima também

Na alma apenas uma ideia

O amor como caminho

A ímpar realidade que convém

Não são palavras

São apenas sentimentos de alguém

sábado, 30 de janeiro de 2010

REFLEXÃO

O PODER RESIDE EM ACREDITARMOS QUE SOMOS CAPAZES

Certa lenda conta, que estavam duas crianças a patinar num lago congelado. Era uma tarde nublada e fria, e as crianças brincavam despreocupadas. De repente, o gelo se quebrou e uma delas caiu, ficando presa na fenda que se formou. A outra, ao ver o seu amiguinho preso e congelando, tirou um dos patins e começou a golpear o gelo com todas as suas forças, conseguindo por fim, quebrá-lo e libertar o amigo. Quando os bombeiros chegaram e viram o que havia acontecido, perguntaram ao menino: como você conseguiu fazer isso? É impossível que tenha conseguido quebrar o gelo, sendo tão pequeno e com mãos tão frágeis! Nesse instante, um ancião que passava pelo local, comentou: eu sei como ele conseguiu. Todos perguntaram: pode nos dizer como? É simples: - respondeu o velho. Não havia ninguém ao seu redor para lhe dizer que não seria capaz.

(Albert Einstein)

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

HISTÓRIAS ENCONTRADAS NO FUNDO DO BAÚ

A sala está abafada. Olho a varanda e vejo-o a olhar dentro de mim. Fica ali especado, atento a cada linha do meu rosto e corpo.

Vejo que continuas, que persistes. Tal como outrora não desvias o olhar.

É harmonioso, bonito o seu andar, lânguido, exibe vaidade.

Estende-me a cara, dá-me um beijo e o silêncio na saída.

É irresponsabilidade ou demência? Não sei que fazer para deixar de te temer e de tremer, e no entanto nem por um momento trocava de lugar contigo.

Não abandono este meu propósito de voltar a sorrir contigo, de voltar a dar-te a mão enquanto me estendes a tua: “dá….”.

Vou sem medo, não por cio, mas por fé.

Fazes-me falta aqui, ó tu por quem escrevo.

Vejo-te ao longe e corro para não te perder de vista, somente para sorrir e te ver brilhar antes que o tempo se extinga. E depois ouvir a voz antes autêntica e agora apenas sonhada.

Bastou-me imaginar-te para um dia a carvão te ter desenhado. Olhaste-o, e com palavras elegantemente esguias fizeste deslizar um dissimulado sorriso no rosto.

Mas serei eu escritora?!...

E se eu parasse de escrever? E se eu ficasse sem computador? Desaparecerias daqui? Assim talvez apenas permanecesses na minha memória, mas sem glória.

Mas não, não é possível. Estava a esquecer-me da existência da ALMA. Só ela tem consciência de que é ela a real consciência.

Que fazer então com estas imagens que me desencaminham?

O que escrevo sobre ti, em espasmos de revolta, tem a violência do desejo e a quietude da Alma. E fico aqui parada sem cessar de te admirar… de todas as árvores caem folhas porque afinal, esta noite, nunca aqui estiveste.

O desejo não cessa nem adormece, nesta casa tão perto da tua, separadas apenas pelo vento, o silêncio ocupa todas as paredes, um silêncio semi-senil que não pára de murmurar segundo a segundo.

Estarão as nossas vidas cruzando-se noutro plano?

Seja lá o que for, eu tenho que te ver, talvez não por amor, mas para te ver, para te ter.

domingo, 24 de janeiro de 2010

METADE

Que a força do medo que tenho

Não me impeça de ver o que anseio.

Que a morte de tudo em que acredito

Não me tape os ouvidos e a boca

Porque metade de mim é o que eu grito

Mas a outra metade é silêncio.

Que a música que ouço ao longe

Seja linda ainda que tristeza

Que a mulher que eu amo seja para sempre amada

Mesmo que distante

Porque metade de mim é partida

Mas a outra metade é saudade

Que as palavras que falo

Não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor

Apenas respeitadas

Como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos

Porque metade de mim é o que ouço

Mas a outra metade é o que calo.

Que essa minha vontade de ir embora

Se transforme na calma e na paz que eu mereço

E que essa tensão que me corrói por dentro

Seja um dia recompensada

Porque metade de mim é o que penso

Mas a outra metade é um vulcão.

Que o medo da solidão se afaste

E que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável

Que o espelho reflicta em meu rosto um doce sorriso

Que eu me lembro ter dado na infância

Por que metade de mim é a lembrança do que fui
A outra metade eu não sei.

Que não seja preciso mais que uma simples alegria
Pra me fazer aquietar o espírito

E que o teu silêncio me fale cada vez mais

Porque metade de mim é abrigo

Mas a outra metade é cansaço.

Que a arte nos aponte uma resposta

Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar

Porque é preciso simplicidade para fazê-la florescer
Porque metade de mim é a plateia
A outra metade é a canção.

E que a minha loucura seja perdoada

Porque metade de mim é amor

E a outra metade também.

Oswaldo Montenegro